Obscenidades para uma Dona-de-Casa

A personagem de Obscenidades Para uma Dona-de-Casa é uma mulher reprimida que começa a receber estranhas cartas de um admirador secreto. As cartas chegam três vezes por semana e vão ficando cada vez mais ousadas e indecentes. Ao mesmo tempo que nossa protagonista reage com extrema indignação, aguarda ansiosamente pela chegada da correspondência. A idéia de se montar Obscenidades para uma Dona-de-Casa a partir do inventivo conto homônimo de Ignácio de Loyola Brandão é trazer para o grande público, de forma divertida, o conflito interno de uma mulher angustiada.

A reação cheia de paradoxos da personagem desta história inspirou o diretor Daniel Cardoso a fazer a adaptação deste texto centrando o caráter desta MULHER nas três instâncias da personalidade apresentadas por Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, em seu estudo sobre a psicologia humana. Freud diz que estas três instâncias são: ID (instintos e impulsos naturais), EGO (centro da consciência) e SUPEREGO (a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem). Desta forma, com três atrizes em cena, revelamos a complexidade do pensamento desta mulher e ganhamos na encenação uma enorme multiplicidade de situações.

Na esquete não há cenas de nudez. No entanto, devido a incidência de palavrões e insinuações de masturbação e sexo, sugerimos que seja dirigida a uma faixa etária acima dos 14 anos.

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elenco:
Andréa Quesado
Leda Nascimento
Sônia Tinoco

texto: Ignácio de Loyola Brandão
adaptação e direção: Daniel Cardoso